Vale a pena comprar carros elétricos no Brasil?
Vale a pena ter carros elétricos no Brasil? Para a alegria dos entusiastas dessa tecnologia, a resposta é sim!
“Percebemos que, dependendo do perfil de uso da empresa ou da pessoa física, já é possível ter benefícios a curto prazo”, avalia Paulo Silas Fernandes, especialista do SiDi, que está envolvido num estudo sobre a viabilidade dessa modalidade de veículos em solo brasileiro.
Essa afirmação se baseia principalmente em três fatores:
- Mais tempo hábil para o aculturamento dos motoristas;
- Retorno financeiro;
- Apelo de marketing.
“Colocando a questão econômica de lado, são nítidos os ganhos intangíveis na adoção desse tipo de automóvel para o uso corporativo. E o que buscamos é mensurá-los e apresentá-los de uma forma concreta”, conta Luciano Ricardo Correa, outro responsável pela pesquisa.
Novos hábitos atrás do volante
Quando o assunto é carro elétrico, preço, autonomia e desempenho tendem a figurar no centro da discussão.
Contudo, a curva de aprendizado é um fator extremamente relevante a se considerar, visto que essa nova tecnologia tem uma série de peculiaridades frente a sua contraparte a combustão.
Mas fique tranquilo: ninguém vai precisar voltar para a escola de direção e assimilar uma carga gigante de conhecimento antes de colocar o pé no acelerador novamente.
Contudo, talvez precise de mais prática para controlar um novo sistema de frenagem – que influencia diretamente na autonomia do veículo --, se acostumar a um sistema de câmbio automático, estabelecer uma nova rotina de abastecimento, dominar o melhor uso do modo eco, entre outros temas que tendem a se popularizar nos encontros de quem trabalha diariamente sobre rodas.
Por isso, iniciar esse processo enquanto ainda é uma questão de opção se consolida como uma atitude inteligente e garante vantagens operacionais.
Economia a médio e longo prazo
Sim: em 2020, carros elétricos ainda estão caros. Porém, se você considerar fatores como o custo de abastecimento e manutenção, a conta fica mais atraente.
Acompanhe a experiência prática do Luciano:
“Nos últimos dois meses, rodamos uma média de seis mil quilômetros num perfil de uso urbano (em Campinas, no interior paulista) e rodoviário (normalmente entre Campinas e São Paulo).
Considerando um bom desempenho de carros a combustão neste mesmo cenário, que seria algo em torno de 14 quilômetros por litro, é possível afirmar que economizamos em torno de R$2 mil só com combustível.”
Sobre a manutenção, apenas as necessidades previsíveis já apresentam um impacto positivo no orçamento. “Um carro comum precisa trocar o óleo e os filtros a cada cinco e dez mil quilômetros rodados, respectivamente. Os elétricos, por outro lado, são isentos dessa necessidade”, destaca Gustavo Camargo, gerente de Marketing do SiDi.
Obviamente, é impossível pensar nessa conta sem considerar o alto investimento inicial que a aquisição de um ou mais veículos desse tipo apresentam hoje.
A boa notícia é que, no caso do uso corporativo, existem soluções como a locação de frota. Nós, da Arval, somos a primeira empresa especializada nesse serviço a oferecer automóveis movidos a eletricidade aqui no Brasil
Caso você se interesse, entre em contato com nossos consultores.
Sustentabilidade e inovação como argumentos de venda
O que você pensaria de um fornecedor ou parceiro de negócio a bordo de um carro elétrico? Arrisco dizer que, no mínimo, curioso e interessado em dar uma voltinha para saber como que é.
Nas mãos de um bom vendedor, esse impulso é o suficiente para voltar para casa com um contrato assinado.
E quem trabalha com marketing sabe que o reconhecimento a partir do investimento em trabalhar com ferramentas de última geração faz a diferença no relacionamento com o consumidor brasileiro.
Além disso, a adoção de carros elétricos carrega uma mensagem de zelo com o meio ambiente, visto o impacto positivo nos indicadores de emissão de carbono da empresa.
Num cenário em que o consumidor cobra cada vez mais responsabilidade de suas marcas favoritas sobre questões relacionadas a sustentabilidade, essa mudança pode contribuir com o esforço e resultado de vendas.
Mas vale a pena em todo Brasil?
Sabemos que, num país continental como o nosso, os esforços e investimentos relacionados ao desenvolvimento tecnológico e à infraestrutura são desiguais entre regiões do Brasil.
Soma-se a isso os diferentes climas e relevos encontrados aqui, fatores que impactam diretamente na autonomia do carro elétrico.
Mesmo assim, a resposta continua a mesma: sim, vale a pena.
Para garantir esse bom desempenho, a recomendação do SiDi é estudar bem os modelos disponíveis no mercado e avaliar qual se encaixa melhor ao local que você vive.
Em locais muito quentes, por exemplo, optar por carros com um sistema de bateria refrigerado é fundamental para evitar um superaquecimento.
Nesse contexto, entender o impacto do uso do ar condicionado na autonomia do carro também precisa ser considerado. Entre outros cuidados.
Caso se interesse mais sobre o assunto, confira uma série de artigos e outros materiais que produzimos para preparar você a essa nova era automotiva.